Na última semana, mais precisamente na quinta (08), finalmente saiu o novo clipe do Avenged Sevenfold, “Shepherd of Fire”, segundo single do mais novo álbum da banda o tão esperado Hail to the King.
Provavelmente este é o clipe mais controverso já feito pela banda em toda a sua carreira. Das 601.520 pessoas que assistiram o vídeo na conta oficial da banda, cerca de 22.129 pessoas gostaram do clipe contra 660 (números até o fechamento desta matéria). Uma das coisas mais diferentes em “Shepherd of Fire” é sem dúvida sua estética, as vezes um pouco sem lógica. Diferente dos outros videoclipes já feitos pelo Avenged em que vemos a música ganhar vida na tela, em “Shepherd of Fire” nós não vemos isso, o que talvez seja o motivo para as opiniões acaloradas.
Duas referências muito fortes e que talvez explique um pouco são os filmes The Wall, do Pink Floyd e violento Assassinos Por Natureza, de Oliver Stone. Para quem já assistiu principalmente o ultimo filme é extremamente claro elementos do filme como paredes de fogo, imagens recortadas no fundo e sem dúvida a brincadeira entre as cores e o vermelho. As cenas do carro lembram muito a “Bat Country”, música do CD City of Evil , que durante um bom tempo foi um dos clipes que os fãs menos gostaram, em contrapartida um dos que os não fãs mais gostam.
Em todas as entrevistas que a Avenged Sevenfold vem dando desde o lançamento de Hail to The King, tem dado a entender o desejo da banda de se assemelhar as bandas clássicas do gênero como o Metallica, Iron Maiden e Black Sabbath por exemplo, e quando se diz assemelhar, refere-se a parte visual dos clipes e principalmente na música, o que é uma atitude muito boa e madura. É obvio que mudanças de estilo causam sempre atitudes de apoio e ódio, tanto dos fãs quanto dos críticos em geral.
“Shepherd of Fire”, é o primeiro clipe do álbum em que esse desejo de amadurecimento é evidenciado, é uma coisa inevitável e que aconteceria mais cedo ou mais tarde, se não fosse nesse, seria em outro vídeo. O clipe apesar de não ter ligações diretas com a música, possui sim relações com a história da letra, mas de modo subjetivo o que exige do fã conhecer realmente a música e ter paciência e vontade de ver as semelhanças e desvendar o clipe. Pode ser que demore mas quem sabe daqui a um tempo “Shepherd of Fire” não se torne um dos melhores clipes da banda, mas caso isso não aconteça, ficará como uma experiência. O Avenged quer ser uma banda clássica e essa mudança visual e sonora não vai agradar a todos, então… Mas o que realmente importa é ser crítico com fundamentos e buscar sempre apoiar a banda.