Metal Insider e Mike Portnoy falam sobre Avenged Sevenfold e a comunicação com os fãs

Mike Portnoy
(Mike Portnoy na bateria)

Mike Portnoy em entrevista para o Metal Insider falou sobre sua experiência renovadora tocando com o Avenged Sevenfold, mesmo sendo temporariamente e como ele não queria descartar sua base de fãs ao tocar com eles .

Você quer fazer algo que, por falta de um termo melhor, era mais simples em termos de bateria?
– Sim, depois de minha experiência com o Avenged Sevenfold, acho que eu realmente estava procurando algo nessa linha. Eu estava na Uproar Tour com eles, e também com o Disturbed, Stone Sour e Hellyeah. E eu gostei muito desse ambiente e do tipo de música que estava enraizada em riffs e grandes grooves. Foi um tempo bom e divertido, e eu não tenho que pensar muito. Não que haja algo de errado com o pensamento, eu fiz uma grande carreira fora disso, e ainda gosto de música complexa. Mas de vez em quanto você precisa de uma pausa, de algo novo e renovador. Essa experiência com o Avenged Sevenfold foi renovadora para mim, e depois dessa experiência eu realmente queria algo nessa linha. Então, quando ouvi as músicas de Adrenaline Mob, foi exatamente a música certa no momento certo para o que eu estava procurando.

Existe alguma outra coisa sobre a experiência com o Avenged Sevenfold?
– Eu gostei muito da experiência. Como eu disse, foi divertido. Eu não tinha que tomar nenhuma decisão ou controlar qualquer coisa criativa. Eu estava ali basicamente só para tocar bateria e ajudar eles a voltarem ao que eram. Mas a experiência foi ótima e acho que serviu como ponte para os dois lados. Acho que serviu como uma ponte para ajudá-los a voltar com seus próprios pés, para levá-los onde eles precisavam ir, com um baterista mais jovem e desconhecido e que também serviu como uma ponte para onde eu precisava passar para chegar neste próximo capítulo em minha carreira. Então acho que nós ajudamos uns aos outros para chegar onde precisamos ir e crescer a partir da experiência.

Então você sempre tinha em vista isso como uma coisa temporária?
– Sim, acho que todo o meu proposito era ajudá-los a voltar para a estrada e pagar tributo ao The Rev. Eu acho que uma vez eu deixei Dream Theater, a coisa toda seguiu outra direção. Eu acho que a imprensa e os meios de comunicação explodiram tudo e fizeram a coisa toda sobre mim. Nunca deveria ser sobre mim e eu nunca quis que fosse sobre mim. Eu sempre estava lá para ajudá-los e prestar homenagem a Jimmy e depois seguir em frente. Eu não estava me juntando à banda, isso nunca foi a intenção. Uma vez que toda a controvérsia e drama envolvendo o Dream Theater surgiu, era óbvio que todos nós só precisavamos seguir em frente e voltar ao foco original.

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E você sempre foi muito comunicativo com os fãs, mesmo antes do Facebook e Twitter. Isso foi importante para você desde o começo?
– Sim, tem sido fundamental para mim, mesmo, muito antigamente, em meados dos anos oitenta, quando o Dream Theater ainda era se chamava Majesty. [….] Eu sempre fiz muito isso. E agora na era das mídias sociais como Facebook e Twitter, eu acho que é uma ferramenta extremamente valiosa manter contato com os fãs, ouvir o que eles têm a dizer e mantê-los informados. Eu sempre fiz isso e não vou mudar agora, mesmo não estando mais no Dream Theater. Eu ainda vou aplicar essa mentalidade e personalidade em tudo que faço.

Tem sido uma grande coisa porque eu fuco muito em contato com os fãs e eu posso mantê-los envolvidos no dia-a-dia. Mas me magoou, porque sou muito aberto com os fãs muitas vezes, coisas que eu digo explodem e são levadas para outros lugares, outros sites, que procuram sensacionalismo e tentam fazer uma tempestade em um copo de aguá. E tudo que eu estou tentando fazer é ficar em contato com os fãs. Eu sei que o Avenged Sevenfold não gostavam das mídias sociais. Quando eu estava em turnê com eles, eu não estava ignorando meus fãs, estava apenas tocando em uma banda que não era muito aberta. Eu ainda precisava de um relacionamento aberto com os fãs, mesmo quando eu estava com o Avenged Sevenfold,  eu não estava apenas ignorando meus fãs. Eu sei que quando tudo desmoronou com o Dream Theater e eu ainda estava tentando ser aberto com os fãs, tentar explicar as coisas, a mídia usou isso e tudo tomou proporções ridículas. As informações foram para lugares onde realmente não precisa ir, mas tudo que eu estava fazendo era o que eu sempre fiz. Tentando ser muito aberto, direto e sem besteira, sem amarras com os fãs. Eu sempre valorizei essa relação e isso é algo que nunca vai mudar.

Fonte: Deathbat News