No início deste mês, o guitarrista Tom Whaley da banda de rock alternativo e pós-hardcore “The Secondside” lançou algumas perguntas ao vocalista do Avenged Sevenfold no fórum do Hail to the King: Deathbat.
Primeiramente ele questiona se o relançamento, o “Waking the Fallen: Resurrected”, teve alguma espécie de remasterização ou se ele seria idêntico ao original (2003). Sobre isso, M. Shadows confessa que isso é um ponto chave para ele, tendo em vista que ele já se decepcionou com muitas remixagens e remasterizações de trabalhos de suas bandas favoritas. Usando o Megadeth como exemplo ele disse que “esses álbuns não soam em nada parecidos com os originais”. Diz também que muitos acabam pecando ao entrar na “guerra de volume”, afirmando que “os efeitos se perdem, efeitos são adicionados e toda a nostalgia é arrancada”. Acrescentou, ainda, que o mesmo aconteceu com os álbuns remasterizados do Pink Floyd: “algumas coisas simplesmente não deram certo”.
O frontman ainda fala sobre os CD’s estarem ficando obsoletos. “Você não consegue encontrar as versões originais desses álbuns a menos que você compre o CD ou por algum milagre o “Best Buy” tenha um monte de álbuns antigos no estoque”. M. Shadows esclareceu, também, que
“nosso CD não compete com a “guerra de volume”, como você provavelmente pode conferir, já que o HTTK está 4dB mais baixo do que a maioria dos álbuns da atualidade, e isso foi feito para salvar as dinâmicas, (…) eu sinto que mudar o som para algo mais leve e para deixá-lo mais moderno simplesmente acabaria com o clima…. O clima é cinco caras escrevendo um álbum na garagem de algum parente com nada a perder e com um orçamento apertado. Eu não quero dar a chance às pessoas de fazerem da gravação original algo obsoleto”.
Dito isso, WTF: Ressurected surge para os fãs que desejam ouvir o processo do demo e ouvir as músicas como elas eram tocadas com o “The Rev”, “voltando ao tempo em que éramos descuidados ao extremo. (risos) Bom, ele não era, mas o resto de nós eu tenho certeza…”. Do mesmo modo, esse trabalho aparece para “introduzir o nosso começo à nossa base internacional de fãs. Quando nós tocamos internacionalmente (o que é grande parte de nossa audiência), muitos deles não estão familiarizados com essas canções e esse álbum. Provavelmente isso tem a ver com a Hopeless Record ser uma gravadora independente e não terem uma distribuição que eles tem agora. Também não havíamos excursionado por esses locais” e por isso M. Shadows diz não se admirar que em muitos locais as pessoas não tenham ouvido falar sobre eles (ainda).
Em seguida, o assunto é inspiração. Será que revisitar “Waking the Fallen” despertou algum interesse em retomar antigas canções nos palcos? Whaley recorda a inserção de “Eternal Rest” nos setlists atuais, elogiando a atitude da banda. E continua: “Eu acho que muitas pessoas adorariam ouvir faixas como “Remenissions” de volta aos palcos, (as performances em 2007 foram absolutamente insanas) e talvez algumas menos conhecidas como “Desecrate Through Reverance”. Pessoalmente, “Waking the Fallen” é um álbum que foi uma mudança total na minha carreira musical, e ver vocês respeitando verdadeiramente a reedição do álbum tem me feito reviver emoções. É raro ver um álbum que soa novo desde o primeiro dia que você ouviu, 11 anos depois”.
M. Shadows diz que não ter certeza sobre isso, visto que alguns fãs não gostam do álbum, “mas somos nós (enquanto banda) que ficamos no palco todas as noites e lemos como a audiência responde”. Internacionalmente, sabemos que Nightmare e HTTK abriram muitas portas para banda, o que o cantor também reconhece, especialmente quando diz que quando a banda toca canções do WTF a energia do público pára – ou no mínimo se modifica. Se é verdade ou não para a maioria, M. Shadows desejaria que não fosse. “Esse relançamento talvez ajude nisso”.
Acerca das canções que possam vir a ser inseridas nos próximos sets, o M. Shadows diz que a banda pretende incluir algumas logo que possível, tanto as citadas por Whaley quanto “Coming Home”, “Planets”, “Acid Rain”, “Scream”, “Trashed and Scattered” e “Gunslinger”, e toda a variedade de canções que as pessoas pedem para a banda tocar. Para ele, a versão ao vivo de Desecrate [Through Reverance] nesse relançamento está doentia pra c*ralho. “Jimmy arrebentou nela. É uma das minhas favoritas nesse álbum, com certeza”.
O guitarrista ainda questionou sobre um possível lançamento de “This Is Bat Country” (o novo DVD da banda e que tem previsão de lançamento para o final deste ano) em Blu-Ray, visto que a qualidade neste formato de disco tende a ser melhor que nos DVD’s. Dentro da mesma temática, perguntou se haveria um CD junto ao pacote.
“Essa é uma questão daquelas que eu não tenho mesmo noção. Honestamente eu não tenho certeza como o selo se sente sobre Blu-Ray e DVD. Tenho certeza que eles farão um produto que funcione para a maioria dos aparelhos. (…) Também, sobre a versão em CD, é uma boa questão mas eu acho que nós sempre desejamos era fazer um CD ao vivo adequado e não cruzar os dois em um mesmo pacote. Nós gostaríamos de liberar a trilha sonora do game nesse pacote também, portanto vamos ver onde tudo isso acaba”, afirmou o M. Shadows.
O que nos resta é aguardar que os novos projetos cheguem logo ao nosso alcance, aqui no Brasil, tal como o relançamento de Waking the Fallen: Ressurected que já tem pré-venda limitada nas terras brasilis.
A propósito, você já adquiriu o seu?