A revista Metal Hammer, especializada no público rock, resolveu desenterrar algumas histórias do Avenged Sevenfold. Em uma entrevista de nove páginas, a edição percorre alguns segredos do grupo e que só poderiam ser revelados aqui. Lembrando que no final do mês de maio, o Deathbat Brasil divulgou a capa desta edição e agora traz a a tradução feita por Paula Biazús, com colaboração especial de Laila Coelho. Confere aí!
“Veja o mundo queimar!”
Você está acordado. Na calada da noite. Você está de pé em seu gramado, totalmente nu, cercado de vidros quebrados e pedaços de telhado, se vê sacudindo o punho e gritando para os céus quando algo que parece ser uma bicicleta desaparece na noite, misturado a risadas adolescentes que constroem uma raiva em sua barriga capaz de erguer um arranha céu.
Isso não. De novo não.
“Essas malditas crianças!”, você berra na escuridão enquanto a angústia do sono se dissipa ao seu redor. “Bagunceiros do caralho! Fedelhos irresponsáveis! Futuros arquitetos da maior banda de metal do século 21. Espere, o quê?
“O que eu posso dizer? Nós nos metíamos em muitos problemas!”, ri M Shadows, o frontman da banda peso pesado do metal e que tem conquistado o globo, Avenged Sevenfold.
Isso seria o Avenged Sevenfold que desembarcou um álbum de metal, número um, raro, nos dois lados do Atlântico com opiniões divididas, o Hail to the King e como a Metal Hammer descobriu, o Avenged Sevenfold também costumava aprontar as suas travessuras, as quais você esperaria ver em The Beano, enquanto eles cresciam juntos em Huntington Beach, Califórnia, no final dos anos 90.
“Eu espero que isso seja impresso, pois eu não me arrependo de nada disso”, enfatiza Shadows com uma risada, “mas quando o Natal chegava, e todo mundo colocava luzes em suas casas, nós gostávamos de andar por aí e tentar arrancar as luzes de todas elas. Nós pegávamos uma lâmpada e dizíamos, “Vai!”, e andávamos com nossas bicicletas e arrancávamos tudo de toda a casa. Eventualmente, os policiais vinham, e nós tínhamos que escapar. Tínhamos nossas rotas para escapar deles: A, B e C. Era só escolher e saíamos com nossas bicicletas.”
“Éramos o tipo de crianças que se invadiam as lojas, roubando bebida e entrando em brigas”, disse Zacky Vengeance, guitarrista base do Avenged Sevenfold, com um sorriso malicioso.
“Havia um punhado de boas brigas. Matt era um encrenqueiro e sua reputação ao redor de toda a cidade era problemática.”
“Ha!” completa o cantor. “Bem, você sabe, acho que isso fez parte da minha infância.”
De fato o amadurecimento dos membros desempenhou um papel fundamental na carreira do Avenged Sevenfold. Desde os primeiros dias de travessuras em excesso, a decadência e a controvérsia da era City of Evil, essa é a banda que dificilmente se escapa quando o assunto é criar um ponto que incomode alguém.
Como a Hammer acompanha a banda desde sua aparição na história do Download (Festival), decidir fazer uma viagem divertida sobre as memórias da banda, um balanço sobre sua incrível jornada e o caminho que os trouxe até o ponto atual de sua carreira, acaba ficando claro que você se depara com uma frieza da mídia e que abrange muitas de suas entrevistas, que não tem mais espaço na história calorosa e compartilhada pelo quinteto e que os consolida como uma ”banda formada por irmãos”, rótulo que eles carregam com orgulho desde o início. E se há uma linha comum que atravessa suas histórias, ela é um membro em especial que parecia ser o coração de tudo…
“A primeira vez que eu conheci o Jimmy, eu estava no acampamento de basquete durante o verão”, lembra Shadows. “Eu sabia que Jimmy era problema porque sua reputação era de ser uma criança um pouco fora de controle. Nós saímos por aí e ele disse, ‘Hey, eu vou sair com minha bicicleta, você quer ir no guidão?’. Então eu subi e em todo o caminho eu derrubei as latas de lixo que encontrava. Eu pensei, ‘Eu amo esse cara!’, e eu descobri que ele morava cinco casas da minha, então eu peguei a minha bicicleta e foi isso. Nos tornamos melhores amigos.”
“No primeiro dia que eu conheci Jimmy, eu dei um soco nele”, contrapõs Synyster Gates, guitarrista solo do grupo. “Foi na oitava série. Eu lembro que estávamos em fila entregando nossos projetos de carpintaria e ele se virou, olhou pra mim e disse que eu era um merda. Ele me bateu no peito, então eu bati nele e nós saímos da sala. Nós começamos a falar sobre música e nos tornamos amigos até o final do nosso tempo (de aula) lá fora”
Parece não haver dúvidas sobre Jimmy “The Rev” Sullivan, ser um líder de toda a doidera do Avenged Sevenfold em seus primeiros anos de mal comportamento, altas histórias em seu mini trailler ‘Scamps Cali baiting Jinz’, e as manchetes que surgiriam mais tarde. Como bem sabemos e sentimos muito bem, sua jornada culminou trágica e frustrantemente cedo naquele fatídico dia de dezembro de 2009, mas a sua contribuição na história da banda continua imensurável. De fato, nos primeiros dias, quando o milênio se instalou e os jovens de gangues turbulentas (agora uma banda com alguns shows em seus cintos) tinha finalmente conseguido um estúdio para gravar um álbum, com um talento inacreditável, e sua abordagem um tanto… incomum, as coisas se tornaram ainda mais evidentes.
“Jimmy gravou toda a bateria em uma só tomada”, explicou Shadows sobre o álbum debut da banda (2001), o Sounding the Seventh Trumpeth. “Havia muitos erros, mas ele estava, ‘É só uma tomada, vai ficar legal’, (risadas), mas foi um processo de aprendizagem.”
”Foi completamente cru” disse Zacky sobre a estreia promissora, mas que acabou como uma espécie de falha da banda ”Nós não sabíamos o que estávamos fazendo! Fomos lá com um milhão de ideias e fizemos com um orçamento minúsculo. Escutando isso, não faz muito sentido, mas as ideias estavam lá”.
“Nós tínhamos 17 anos e escrevíamos o álbum com violões nas salas de aula”, adicionou Shadows. “Nós escrevemos um monte de músicas, masnós não sabíamos nada sobre gravação ou faixas ou produção, então nós só escrevemos canções que um grupo de caras de 17 anos escreveriam.”
Mesmo naquele momento de sua carreira, a ascenção do Avenged Sevenfold nunca deixou de ter um pouco de turbulência. Um incidente notável envolveu a tentativa de suicídio do baixista da banda à época, Justin Sane. “Ele tentou beber várias garrafas de um xarope para tosse. Ele era um músico incrível, mas ele tinha seus problemas” -, ainda assim, a estrela da banda continuou a evoluir até conseguir ganhar notoriedade. Depois do modesto sucesso de STST, veio certamente o álbum que cimentou o Avenged como um dos mais famosos grupos de metal, e com isso, seu primeiro gosto do caos e da controvérsia que surge quando se ganha esse tipo de título.
Entretanto, como a Hammer descobriu durante essa conversa particular, nem todo mundo foi gentil com status de clássico que o Waking the Fallen ganharia rapidamente. “Nós mandamos nosso áudio original para o Andy Sneap (produtor, mixador e gênio do Megadeth e Killswitch Engage), e ele nos escreveu um email dizendo, ‘Eu nunca vou trabalhar com vocês’, riu Shadows. “Ha! Isso é engraçado, pois depois de City of Evil, nós vimos Andy em Londres e ele riu de tudo isso. Ele estava tipo, ‘Cara, eu não tinha ideia que vocês se tornariam isso! Me sinto muito mal!”
Com sorte, a banda encontrou seu homem na forma de Andy ‘Mudrock’ Murdock e o processo de produção ultrapassou a perfeição, as músicas falavam por si mesmas. Waking the Fallen foi lançado no verão de 2003 com grande aclamação da crítica, sendo tratado até hoje como um dos melhores álbuns de metalcore já gravados, sendo testemunho do talento que o Avenged Sevenfold possui desde a juventude. À medida que o quinteto foi encontrando sua demanda ao redor do mundo, não demorou muito para que eles se encontrassem de joelhos aos excessos e às loucuras movidas à álcool que só a estrada proporciona.
“A primeira vez que a banda tocou no exterior, foi no Reino Unido, abrindo show para Lostprophets e The Bronx,” relembra Zacky. “Cara, nós éramos seis passageiros numa van e nos estávamos enlouquecidos. Bebíamos o máximo que podíamos. Tocávamos o mais forte que podíamos e então íamos para o bar, fãs pagavam nossas bebidas e no final da noite nos ficávamos muito agressivos. Acordávamos de ressaca, pegávamos a van e só saíamos para o Johnny vomitasse na estrada, Esse foi o real gosto de sair em turnê e nós tiramos todas as vantagens que podíamos”
“Foi tudo que você pode imaginar: devassidão pura” comenta Shadows. “Você está lá fora, ficando louco e festejando todas as noites”.
Previsivelmente, lançar um grupo de garotos da California ao mundo criou algumas situações, digamos, tensas. A mais famosa dessas situações foi a que levou à prisão de The Rev, em Crobar, logo após a estreia em Londres, em fevereiro de 2004. A banda divulgou um proposital e ridículo comunicado para dissipar qualquer controvérsia restante, e finalmente descobrimos a verdade, e felizmente, é tão ridícula como esperávamos.
“O que aconteceu é que estávamos no The Crobar, um local que vocês sabem”, revela maliciosamente Shadows, “nós estávamos todos lá, e quando eu fui ao banheiro, havia apenas uma cabine e eu realmente precisava urinar. E a pessoa não saia, então eu que achei que já estavam fazendo m*rda ou o que quer que seja, fiquei ‘F*da-se cara’, e comecei a urinar na pia. Esse cara saiu, se virou pra mim e começou a gritar comigo, e eu só dizia ‘F*da-se’. Eu o ignorei e quando eu sai de lá, ele estava lá fora esperando por mim!”
Ele estava, ‘Ei, você era o cara que estava mijando na pia! O que tem de errado com você?’. Eu dei um soco nele e uma briga imensa começou. Todo mundo começou a brigar, pessoas brigando nas ruas, sendo jogadas pelas janelas dos carros, sem piada, foi uma loucura. Então os policiais chegaram e Jimmy começou a fazer piada por que eles não tinham armas no Reino Unido. Ele começou a zombar deles e correr em círculos e nós todos começamos a rir quando finalmente eles o ameaçaram e o prenderam e ele ficou preso aquela noite!”
“Nós tínhamos que tocar no Rock Am Ring (na Alemanha) ou algo no dia seguinte”, recorda Shadows com uma gargalhada, “mas o Jimmy não queria tomar banho. Ele tinha uma maçã na cabeça dele quando tocamos no dia seguinte. Foi um desastre completo”
Pode parecer uma história engraçada agora, mas o fato que importa é que as coisas estavam ficando fora de controle para uma banda em que seus membros mal tinha 20 anos.
“É inacreditável que tenhamos sobrevivido a essa turnê” admite Syn. ”Realmente, qualquer noite poderia ir além e não só por nossa causa, mas por se estar em um lugar estranho, tarde da noite. Havia pessoas ao seu redor que não paravam de lhe pagar bebidas. Uma vez eu tinha 10 drinks de Aftershock na minha mão, eu poderia ter morrido envenenado por álcool! Ao final dessa primeira turnê pelo Reino Unido, ganhei 10 quilos e fiquei muito fodido”
Eles também falaram sobre o Waking the Fallen, City of Evil, os clipes de Beast and the Harlot e Bat Country:
”Foi muito divertido”, contou Johnny (baixista), entusiasmado. “Foi uma evolução natural da banda, estávamos prontos para as festas, e fizemos isso em nossas músicas também”
”Foi muito divertido” concorda Syn. ‘‘Foram os dias de glória, onde o metal transcendeu. Havia um público muito maior e as grandes gravadoras estavam dispostas a dar muito mais dinheiro para vídeos loucos e turnês mais loucas ainda. As festas eram absurdamente loucas. No clipe de Beast and the Harlot, bebemos um maldito uísque todos os dias. Colocamos um monte de gente em uma porra de uma limusine, abrimos um champanhe e demos uma festa.”
”Estávamos constantemente controlando uns aos outros, mas não havia quem desse o exemplo” completa Syn. ”Se alguém me dissesse para não usar cocaína e eu ficasse muito bêbado, eu conseguiria alguma. Então as sete da manhã estaríamos fora de si. Como eu disse ninguém dava o exemplo”
Como era o seu jeito, era também o de Rev, que festejava muito e foi enlouquecendo seus colegas da banda, muitas vezes recebendo críticas, o que acabou exigindo que banda tomasse providências quando ele finalmente foi entregando-se a seus vícios.
“Enviamos Jimmy para a reabilitação por ele ter problemas com a cocaína” revela Syn, e esclarece ”não era como se eu não soubesse que Jimmy tinha um problema, era uma tática de m*rda. Ele amava festejar, por isso aproveitávamos (e vice-versa), não importa o que era, bebida ou o que fosse, e foi tipo ”vamos te arrumar uma ajuda cara” para acalmá-lo um pouco. E isso o ajudou, ele nunca mais usou cocaína em sua vida.
Synyster revela outra história que ele admite nunca ter revelado antes:
“Bem, ele nunca mais usou cocaína, exceto o dia em que saiu da reabilitação“, admite Syn com uma risada de culpa. ”Essa foi minha culpa, peguei ele na reabilitação e fizemos uma sessão final de cocaína, ele jurou nunca mais fazer isso de novo. E ele nunca mais fez. Mas no momento em que ele saiu da reabilitação, fizemos essa última sessão de cocaína, escrevemos um monte de músicas de m*rda, e foi um grande dia! Eu nunca admiti isso pra ninguém, foi um pouco fodido.”
Se ”um pouco fodido” pode ser uma maneira de descrever a vida que o Avenged Sevenfold teve no auge do seu hedonismo, isso só mostra metade da imagem controversa que perseguiu a banda antes da maturidade e capacidade de enxergar adiante que agora marcam a psiquè do grupo. No final de 2005, durante a entrevista que seguiu à primeira capa da Metal Hammer, a banda fez alguns comentários políticos inflamados que ainda assombram a percepção deles e de muitas pessoas até hoje. Apoiando abertamente o regime controverso de George W. Bush e afirmando sua oposição ao casamento gay, Shadows dificilmente se tornou querido, tomando seu assento para os aposentos mais liberais do metal…
“Eu acho que há e sempre vai haver pessoas que olham isso”, opina o cantor com um suspiro ”é um pouco embaraçoso, mas quando você é um garoto, você tem o direito de ser idiota às vezes, e eu acho que quando temos essa idade, temos diferentes pontos de vista. Não querendo voltar à política, mas eu sou tão socialmente liberal quanto se pode ser e eu acho que as pessoas realmente não reparam isso nessa banda. Nós somos o tipo de pessoa que acha que você deve fazer o que quiser nesse planeta, e ninguém deveria ter o direito de dizer o contrário, contanto que você não machuque outra pessoa. Eu acho que essas entrevistas foram feitas com um monte de garotos jovens, que só queriam mostrar sua opinião, o que não representa, necessariamente, a banda agora.”
“Eu gostaria que tivéssemos tido a maturidade de apenas dizer ”Ei isso é pessoal, e privado” ao invés de ‘Ei! foda-se, vamos votar em George Bush’, admite Syn com honestidade “Não é como nos sentimos. Não queremos que as pessoas chupem nossos paus republicanos, isso é só uma reação. Mas, você vive e aprende, e várias bandas falam um monte de m*rda. Eu não acho que alguém tenha sido exceção, especialmente tão jovem”.
“É meio difícil olhar para trás nesses assuntos, sinceramente” completa Johnny com uma careta. “Algumas citações são tipo ‘Ahh cara’ e mesmo no momento em que saíram (as reportagens) nós ficamos ‘Nós realmente dissemos isso?”. “No final do dia, nós temos que rir disso, afinal nós éramos ‘crianças tendo nosso primeiro gosto de sucesso global. Você vive, aprende, e se diverte com isso.”
Você ainda é contra o casamento gay? “Não, nem perto disso” dispara Shadows, sem pensar duas vezes. “Sinceramente, eu não ligo para o que você faz com a sua vida e eu não acho que as pessoas deveriam tomar conta das vidas das outras pessoas”. “Eu posso me meter em problemas aqui”, ele continua, “mas eu acho que tudo deveria ser legal, até que você prove errado, você deveria fazer o que você quiser na sua vida, e isso inclui drogas, prostituição e tudo mais. Sobre o casamento, eu acho que se alguém quiser casar com qualquer pessoa nesse planeta, ela deveria poder fazer isso”.
“Sempre fomos a favor de direitos iguais”, confirma Syn, “só quero deixar isso claro”.
Enquanto o velho argumento “Nós somos crianças! Isso não conta!” pode parecer, à primeira vista, um escudo seguro para se esconder, há, com certeza, uma maturidade e, arriscamos dizer, mais qualidade pelo tempo de vida, nesses herois de Huntington (Beach) que desmente suas idades. A combinação de uma abordagem mais sofisticada de seu processo de gravação e algumas duras lições aprendidas significam que a banda que veio bebendo e gritando fora da Califórnia no início dos anos dois mil é uma besta completamente diferente daquela chegada de seu self-titled (2007). Além, é claro, enquanto que o fim do ciclo City of Evil aproximou a banda de uma era mais infernal, haviam, tragicamente, dias mais escuros na carreira do Avenged Sevenfold. Tem sido uma curva de aprendizado constante, mas implacável para a banda, que resultou na chegada, em 2014, como um dos atos mais rock’n’roll totalmente formados dos últimos tempos. E quem poderia imaginar que isso viria a acontecer?
“Nós percebemos que as pessoas tinham uma certa ideia de nós e que não necessariamente a queríamos mais”, disse Johnny sobre a evolução da banda de pirralhos de um metalcore imprestável para veteranos do metal. “Nós não estamos envergonhados de nada, mas definitivamente não queremos ser retratados dessa maneira”.
É interessante crescermos com um certo olhar da mídia”, medita Shadows. ” Nos temos mantido longe da imprensa comum, mas ao mesmo tempo, volta e meia eu leio as coisas que nós dissemos à Metal Hammer e me assusto. Mas é parte da vida. Eu sei que algumas pessoas vão ficar com algumas dessas opiniões sobre nós para sempre e eles vão dizer ‘É por isso que esses caras nunca vão ter o direito de crescer’.
“Isso não é a verdade, então o que fazemos é ignorar todo mundo, ter o nosso próprio círculo de pessoas que confiamos, nossas famílias e amigos, e nós fazemos o que queremos fazer. É assim que nós temos vivido isso”, completa o vocalista. Isso é uma atitude que, nessa longa jornada, claramente valeu a pena. O Avenged é, sem sombra de dúvidas, atualmente, a maior banda no mundo, e o mais importante e distante dos desejos mais cínicos, isto não é fogo de palha. É resultado de trabalho duro, lições de vida difíceis, uma grande pitada de tragédia e, o mais crucial de tudo, amadurecimento. Assim, então, jovem Matthew; quando exatamente foi o momento em que você percebeu que um grupo de amigos barulhentos do Huntington Beach tinha chegaria a ser essa promessa arrogante de dominação mundial no ano passado?
“Não sendo um completo idiota, mas eu não acho que tenhamos feito isso ainda”, insiste o líder com um pouco de humildade. “Nós ainda estamos chegando lá e ainda temos um monte de coisas legais pela frente. Eu quero realmente empurrar ‘esta coisa’ e tocar música para tantas pessoas quanto for possível, e eu quero fazê-lo do nosso modo. Talvez quando entrarmos no palco como atração principal, na sexta-feira, no Download. Talvez aí possa estar esse momento.”
Se esse for realmente o momento, então é de se sentir mal por invejá-los. O inferno sabe que eles tem pago suas dívidas.